Entenda como a obesidade pode estar relacionada à incontinência urinária
Vem saber quais consequências a obesidade pode trazer para o seu assoalho pélvico
A palavra obesidade assusta muita gente, não só porque a condição indica que estamos acima do peso considerado saudável, mas principalmente por conta das consequências que a doença pode causar na nossa saúde.
Desde problemas no coração até incontinência urinária, a obesidade é um problema mundial e deve ser tratado com seriedade.
De acordo com informações da Fiocruz, dentre os fatores de risco relacionados à incontinência urinária, em média, a perda involuntária de xixi pode aparecer três vezes mais em mulheres que são obesas.
Se esse assunto te interessa, te contaremos aqui mais informações sobre como o sobrepeso pode influenciar no controle da bexiga e na saúde do assoalho pélvico como um todo, além de dicas para contornar essa situação e ter mais qualidade de vida.
O que é obesidade?
Começando pelo começo: a obesidade pode ser definida pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, o que pode resultar em uma série de problemas de saúde. Portanto, a obesidade está relacionada a alguns tipos de doenças, como diabetes, doenças cardíacas e problemas articulares.
Mas como saber se um excesso de gordura é obesidade ou não? Bom, tudo isso é medido pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que é a medida mais comum para avaliar a obesidade e calcular a gordura corporal, entendendo o percentual de gordura, massa muscular e outras informações sobre o corpo. Esse índice é avaliado com base no peso, altura e idade da pessoa.
Qual a relação entre o sobrepeso e a pressão sobre a bexiga?
Quando estamos em sobrepeso, é muito comum que a nossa bexiga seja afetada, porque essa gordura em excesso pode fazer uma pressão significativa sobre os órgãos internos, incluindo a bexiga.
Essa pressão extra é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da incontinência urinária de esforço, condição em que o aumento da pressão intra-abdominal – que acontece quando tossimos, espirramos ou levantamos peso – leva à perda involuntária de urina.
Com o acúmulo de gordura na região abdominal, a pressão constante sobre a bexiga pode enfraquecer os músculos que controlam a liberação de urina. Isso faz com que as pessoas com sobrepeso tenham maior probabilidade de enfrentar dificuldades para controlar a bexiga.
E pode ser ainda mais suscetível para algumas mulheres, principalmente se já tiverem passado por gestações ou experimentarem flacidez muscular na região do assoalho pélvico.
Como a inflamação crônica associada à obesidade pode agravar os sintomas de incontinência?
Se você está em um quadro de obesidade, provavelmente já ouviu falar sobre inflamações crônicas. Essa inflamação ocorre devido ao acúmulo de células de gordura, que liberam substâncias inflamatórias, conhecidas como citocinas.
Quando a gente fala sobre inflamação crônica e incontinência urinária, essa condição pode agravar os sintomas, enfraquecendo ainda mais os tecidos da região pélvica, o que dificulta a função adequada da bexiga e do assoalho pélvico.
A inflamação também pode prejudicar a comunicação entre os nervos e os músculos responsáveis pelo controle do xixi, agravando os episódios de incontinência. Por isso, além de cuidar da musculatura pélvica, é importante considerar a redução da inflamação por meio de uma alimentação saudável e perda de peso.
Obesidade e a saúde do assoalho pélvico
O assoalho pélvico é um conjunto de músculos que sustenta os órgãos da região pélvica, como a bexiga, o útero e o intestino. Quando ele está enfraquecido, tem mais dificuldade para segurar o xixi, resultando em maior propensão à incontinência.
O excesso de peso aumenta a pressão sobre esses músculos, fazendo com que eles trabalhem ainda mais para sustentar o peso extra. Isso pode resultar em flacidez muscular, tornando mais difícil controlar a bexiga e agravando os problemas de incontinência.
Perda de peso e controle da obesidade
Por fim, fazer um plano de como perder gordura corporal é uma das estratégias mais eficazes para reduzir os sintomas de incontinência urinária em mulheres com obesidade.
Nós sabemos que é um desafio esse processo, mas uma pequena redução no peso corporal pode aliviar a pressão sobre a bexiga significativamente e melhorar a função do assoalho pélvico.
Para controlar a obesidade e melhorar a saúde do assoalho pélvico, é importante adotar um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e a prática regular de atividades físicas, que vão ajudar a ganhar massa muscular.
Outra dica é apostar em uma alimentação rica em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis que ajudem no controle do peso e também na redução da inflamação. Atividades físicas, além de auxiliar na perda de peso, fortalecem os músculos abdominais e pélvicos, ajudando a melhorar o controle da bexiga.
A incontinência urinária é só uma das complicações que a obesidade pode trazer na vida de uma pessoa. O sobrepeso é uma questão complexa e, sem hábitos saudáveis, fica muito difícil fugir das consequências que a doença traz.
Se você enfrenta problemas de incontinência associados à obesidade, não deixe de buscar orientação médica para te ajudar com propriedade e trabalhar para ter uma rotina mais saudável e de equilíbrio com o seu corpo.